Puisias & Afins

23 enero, 2007

50 anos

Eu vim aqui prestar contas
De poucos acertos, de erros sem fim
Eu tropecei tanto às tontas
Que acabei chegando ao fundo de mim

O filme da vida não quer despedida
E me indica, acha, a saída e pede socorro
Onde a lua encanta o alto do morro
e gane que nem cachorro
Correndo atrás do momento que foi vivido

Venha de onde vier
Ninguém lembra porque quer
Eu beijo na boca de hoje
As lágrimas de outra mulher

Cinqüenta anos são bodas de sangue
Casei com a inconstância e o prazer
Perdôo a todos não peço desculpas
Foi isso que eu quis viver

Acolho o futuro de braços abertos
Citando Cartola eu fiz o que pude
Aos cinqüenta anos insisto na juventude.

Aldir Blanc

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...


vinicius de moraes

6:10 p. m.  

Publicar un comentario

<< Home